sexta-feira, 8 de outubro de 2010

De perto ninguém é normal...


Andei ausente...
De saúde vou bem, estive assassinando dias intermináveis, nesta fase difícil.
Se houvesse uma maneira de dar um salto e chegar bem lá na frente, onde tudo volta ao normal (inclusive eu), teria feito... Todavia, foi melhor tirar proveito de todos os momentos, mesmo que não estivessem entre os melhores, só assim, quando passa, por algum tempo são perfeitos todos os detalhes de um dia comum! Costuma acontecer assim comigo...
Levanto muito cedo. Espreguiço. Bocejo. Hora de recomeçar. Levanto. Espreguiço. Bocejo... Volto pra casa. Minha filha faz uma piada sobre a situação que parecia trágica. Acho graça, porque qualquer coisa diferente disso, naquele momento, perde o sentido. Espreguiço. Bocejo. Levanto. Nem percebo que inverti a ordem. Aos poucos vão acontecendo coisas que me divertem, me aborrecem, divertem outra vez. Toda tristeza vai perdendo o sentido.
Não me arrependo de quase nada. No final das contas, sempre é bom, dependendo da ótica...
Saio da crise. Alguém me lembra Caetano, que “de perto ninguém é normal...”, então, estou pronta: lá vou eu de novo...

Foto: Moça à janela - Salvador Dali